Recuperação de Área Degrada – Contenção de encostas



 Margem de reservatório de água potável, carente de vegetação.


Encosta degradada

 Reflorestamento?
Cissa na encosta recuperada com técnicas permaculturais no Parque Shangrilá/SP     Foto: Audrei Costa

     Quando causa o desequilíbrio do meio ambiente, o homem diminui sua própria qualidade de vida, diminuindo a sombra, a manutenção dos níveis dos rios, das chuvas, o acesso à água limpa, potável ou para entretenimento/esportes, dos ventos, das temperaturas.

     Uma das áreas da gestão ambiental é a Recuperação de Áreas Degradadas. Ela pode ocorrer para recuperação das qualidades da água, do solo e das florestas e ecosistemas. No campo das florestas, ela impacta diretamente a água e o solo, portanto é também uma forma de recuperar estes meios quando degradados.

     As formas de degradação mais importantes são a ocupação humana desorganizada e a mineração, cujos impactos são até agora, não completamente recuperáveis nem em milhares de anos. Em ambas produz-se muitas encostas de morro desencapadas, desvegetadas. As administrações públicas sempre correm atrás da adequação à Legislação (Novo Código Florestal), tentando preservar matas ciliares, recuperando encostas de ruas e rodovias, refazendo rios.

     Geralmente a recuperação de encostas é feita através da cava de degraus em níveis para assentamento da terra e a partir dai escolhe-se um método: alguns instalam tapumes, outros concretam e poucos fazem aquilo que é mais sustentável e durável: mesclam a contenção imediata em função da gestão de risco com o plantio das espécies adequadas para contenção daquele local. O sistema de saneamento dáqua para abastecimento público nada mais faz do que copiar o tratamento natural sofrido pelos rios em alta escala e maior velocidade. Assim também deve ser com as encostas: diminur o uso de materiais de construção e aproveitar os recursos naturais de forma inteligente para gerar uma rede de raízes que sozinhas conterão aquela encosta.

     Os degraus devem ser então, após ter sua estrutura detreminada pelos galhos e troncos sustentados por estacas nos degraus, preenchido por poda e varreção, folhas e troncos restantes para formar um belo substrato, que mantenha a umidade do solo. Sobre eles são plantados uma seleção de sementes de flores, frutos e leguminosas, para um rápido crescimento e uma auto-proteção entre as espécies. Esse método deve ser usado em pequenas ou grandes áreas. Um estudo de espécies nativas deve ser feito no local, bem como o estudo da pluviosidade e ensolação/clima. Deve-se observar a época de plantio de cada espécie, respeitando suas características. O perfil do solo também deve ser considerado para escolha das espécies.

     Contacte um gestor ambiental, verifique os produtores de mudas local, forme sua equipe e bom trabalho.

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